terça-feira, 6 de maio de 2014

Resenha: Divergente

Até pouco tempo atrás, eu não conhecia nada de Divergente além das capas que tinha visto em livrarias. Até que esse ano, com o filme saindo, mais e mais blogs começaram a mencionar tanto livro como filme e eu acabei ficando interessado. Para quem não conhece nada, segue a sinopse, cortesia da Wikipedia:


Cem anos após uma devastadora guerra ter destruído a sociedade que conhecemos hoje, os fundadores criaram uma inovadora forma capaz de trazer uma paz duradora e universal aos habitantes de uma futurística Chicago (EUA). A sociedade foi dividida em cinco Facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – cada uma dedica-se ao cultivo de uma virtude específica, e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível.

Beatrice Prior cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que facção querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma Divergente - tendo aptidão para mais de uma facção. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é, enquanto esconde de todos o fato de ser uma Divergente, pois isso poderia significar sua morte.

E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Como a sinopse já indica, é um livro/filme distópico voltado à jovens adultos. Claro que nesse ponto, comparações com Jogos Vorazes surgem, mas já aviso que NÃO é um Jogos Vorazes. As semelhanças entre as duas séries são basicamente: ser um futuro distópico e ser uma história Y.A. (young adult, ou jovens adultos). Seria a mesma coisa que dizer que Capitão América e Homem-Aranha são a mesma coisa, já que são histórias de super-heróis, para um público jovem. Isso para traçar um paralelo atual também dos cinemas. Devo também mencionar que foi bizarro assistir o trailer de A Culpa é das Estrelas, e depois ver Divergente, já que é a mesma atriz principal, Shailene Woodley. Para completar, o irmão de Tris é interpretado por Ansel Elgort, o par romântico de Shailene em A Culpa é das Estrelas.

Eu gostei bastante do filme, como todo bom YA há o romance, a aventura, e a parte de 'você é a personagem principal, e é especial', embora este último não seja tão exagerado, ao menos no primeiro filme. Digo isso por que a história se baseia no fato de que os divergentes são uma ameaça para o sistema de facções. Tris é uma divergente, mas não só existem outros como parece não ser assim um fenômeno tão raro quanto se pensa no início do filme. Tanto que uma das acusações que a Abnegação sofre é justamente o de esconder e ajudar os divergentes.

Essa questão de existirem os divergentes é um ótimo papel que tanto filme como livro fazem. Um livro, assim como um filme, pode contar uma história, passar uma emoção ou mensagem, e mesmo fazer o público pensar. O próprio podcast do Rapaduracast menciona isso: o livro faz a juventude questionar o seu papel e importância na sociedade, bem como as suas características pessoais que os encaixariam em um ou mais grupos. Quem sabe até em todos eles? Afinal, ao contrário do que os criadores das facções pensam, somos como Tris: um aglomerado de emoções, pensamentos, escolhas e qualidades. Podemos até nos encaixar dentro de um grande grupo maior, mas sempre teremos características que nos diferenciam dele e permitem que nos misturemos em outro também.

Por fim vale lembrar que o filme é do ponto de vista e conhecimentos de Tris, então muita coisa pode ficar sem resposta, o que não é ruim, mas apenas uma questão de foco. Se não ficamos sabendo o que realmente há do lado de fora do muro, a resposta é muito simples: ninguém sabe, e todo mundo parece acreditar no que os boatos dizem. Para quem curte uma boa aventura, uma boa história, recomendo dar uma passada no cinema enquanto ele ainda está em cartaz, ou ao menos dar a chance quando ele estiver disponível em locadoras ou na internet. E que venham os outros filmes da série!

Por fim, acessem também o podcast citado no começo do post - Rapaduracast - Divergente - e o post no blog Interação Literária sobre o filme.

3 comentários:

  1. Oie Thiago =)

    Eu gostei bastante do livro Divergente, mas o filme não me agradou tanto assim.
    Como adaptação ele foi até que fiel, porém senti que faltou aquela adrenalina do livro.

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary

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    1. É, como não li o livro, não posso comparar. Mas achei um bom filme.

      Beijos
      =**

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  2. Eu fiquei bem divergente (hahaha) quanto ao filme. Assisti recentemente, não conhecia o livro, e como gosto de distopias resolvi ver. Achei o inicio dele muito bom, achei muita coisa estranha (como aquela parte com o sangue), e o fato da facção que ela escolheu ser completamente surtada. Porque é muito estranho a forma como a sociedade foi dividida, porque realmente não tem como você dividir um ser humano a uma coisa só. Não sei se essa foi a proposta, expor isso, mas eu gostei bastante da primeira parte do livro e a Shailene Woodley é muito boa, ela consegue segurar o filme muito bem.
    Consegue passar indecisão, dúvida, que é basicamente o que a personagem dela representa.
    Não gostei muito da parte final do filme, quando ela já começou a se relacionar com o Four, achei o romance deslocado, talvez se eles tivessem dado a entender o que ia acontecer com eles e deixar por isso, mas como o Four e ela tem muita relação sobre ser divergente, o negócio ficou muito divido ali, e acabou ficando meio que desfocado e desnecessário, não sei...
    E senti uma falta maior de ver o outro lado, pq como você falou, é tudo pela visão dela, então não vemos muito da sociedade dela, e das outras facções, assim como a motivação e o que está acontecendo, na outra facção (que está armando o golpe).
    Mas não é ruim, é uma proposta bem interessante, principalmente para os jovens, gostaria de ver nos próximos filmes, uma exploração maior do mundo ali (pq gosto muito de distopias)

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