Informações
Ciclo: 1 - A Terceira PotênciaAutor: Clark Darlton
Lançamento: 13/07/1962
Período da história: 1984
Localização: Aralon
A história da Terceira Potência em poucas palavras:
1971 — O foguete Stardust chega à Lua, e Perry Rhodan encontra a nave exploradora dos arcônidas, que realizou um pouso de emergência (vol. 1).
1972 — Criação da Terceira Potência, que enfrenta a resistência das grandes potências terrenas e rechaça as tentativas de invasão extraterrena (vols. 2 a 9).
1975 — Primeira interferência da Terceira Potência nos acontecimentos galácticos. Perry Rhodan defronta-se com os tópsidas e procura solucionar o mistério galáctico (vols. 10 a 18).
1976 — A Stardust-III chega ao planeta Peregrino, e Perry Rhodan alcança o dom da imortalidade relativa (vol. 19).
1980 — Perry Rhodan regressa à Terra e luta por Vênus (vols. 20 a 24).
1981 — O Supercrânio ataca (vols. 25 a 27).
1982 — Chegada dos saltadores, que querem eliminar a concorrência potencial da Terra no comércio galáctico (vols. 28 a 37).
1984 — Primeiro contato de Perry Rhodan com Árcon e sua atuação como plenipotenciário do cérebro positrônico que governa o grupo estelar M-13 (vols. 38 a 42).
Curar e ajudar! É esta a idéia pela qual se guia a ação de Perry Rhodan, pois não é de seu feitio manter-se inativo enquanto setecentos dos seus melhores homens, apesar do sono profundo e da alimentação artificial, caminham para o definhamento lento, mas inexorável.
Acontece que só os causadores da doença podem ajudar os homens atacados de hipereuforia. E, se não querem ajudar voluntariamente, deverão ser obrigados a fazê-lo. Aralon, o Centro de Epidemias, é este o destino da Titan.
= = = = = = = Personagens Principais: = = = = = = =
Perry Rhodan — Que tem à sua disposição uma frota de guerra fornecida pelo cérebro robotizado que governa Árcon.
Julian Tifflor — Que alguém deseja colocar no álcool.
Wuriu Sengu — O espia do exército de mutantes da Terceira Potência.
Thora — A bela arcônida que ignora o próprio noivado.
Gucky — O rato-castor que se recusa a executar uma ordem.
Themos — Autor da epidemia dos nonus.
Talamon — Comandante de uma frota dos superpesados.
Neste volume, após conhecer o planeta dos Moofs e descobrir a real situação que se apresenta (os Moofs sendo controlados pelos Aras), Rhodan decide pedir ao cérebro positrônico reinante de Árcon que confirme a posição do principal planeta habitado pelos ditos médicos da galáxia. Na palestra com o cérebro positrônico, Rhodan obtém a permissão de ir até Aralon em busca de cura para Thora e mais 7 doentes (Rhodan mente ao computador indicando que só houveram 8 doentes, e não 700), bem como uma frota de guerra arcônica totalmente robotizada que fica a seu comando.
Ao chegar no sistema de Aralon, a frota robotizada bem como as naves Titan e Ganimede ficam à espera, enquanto o tenente Tifflor e o mutante Wuriu Sengu levam Thora até o planeta principal em uma nave menor. Ao se aproximarem de Aralon se espantam tanto com a quantidade de naves que chegam e saem do planeta, bem como com o fato de que ninguém parece dar a mínima para a sua nave que se aproxima sem se identificar. Descendo no planeta, ele veem um enorme campo de pouso, com muitas naves chegando e saindo, pousam em uma vaga e aguardam. Um carro automatizado vai até eles e os leva ao prédio de atendimento. Lá existem apenas guichês distribuindo fichas (todos a mesma ficha) para se indicar qual o doente, sistema planetário de origem, tratamento desejado (alta o mais rápido possível ou tratamento de longo prazo). Lá tudo é impessoal, como numa grande fábrica. As naves chegam, registram os dados do doente, uma ambulância o busca na nave, e então partem até o momento de buscar o doente já curado.
Mas é claro que o nome Thora de Zoltral, do planeta Árcon chama a atenção, ainda mais pela doença (Hypereuforia) e por quem foi até lá levá-la, humanóides de um planeta chamado Terra, e que dizem ser de fora do Império Arcônida. Tifflor e Sengu resolvem ir junto na ambulância, para entrar em contato com os aras responsáveis pelo tratamento de Thora, mas acabam sendo interrogados e presos como reféns pelo responsável pelo hospital, que já sabia sobre Rhodan e a Terra devido à doença temporária com que ele, Rhodan, tinha infectado os saltados. O hospital é enorme, chegando a ter inúmeros andares subterrâneos, com salas de internação e estoques de medicamentos. Tifflor e Sengu são levados muito abaixo da Terra, assim como Thora, que vai para uma internação para ser imediatamente curada da doença que os próprios aras provocaram. Já os dois humanos têm um destino bem diferente: ser utilizados em experimentos para que os aras conheçam melhor a fisiologia humana. E claro, ao chegar no local onde ficarão, eles encontram diversos corpos de seres de raças desconhecidas, todos sendo estudados pelos médicos e provavelmente, tão 'voluntários' quanto Tifflor e Sengu.
Com isso, Tifflor envia um pedido de socorro a nave Titan, que então inicia a operação de invasão do mega-hospital e salvamento de Thora, Tifflor e Sengu. Isso só é possível pelo transmissor que Tifflor teve implantado no seu corpo que permite a Gucky, mutante telepata, telecineta e teletransportador, sempre localizá-lo e acompanhar os seus pensamentos. A Titan e a Ganimed pousam no planeta Aralon, e os robôs de combate começam a sair da nave. Medo começa a tomar conta de todos que estão na área de pouso ('estacionamento'), e Rhodan transmite uma mensagem dizendo que está lá sob autorização do Império, e quem tentar intervir será destruído.
Após se encontrar com Thora, e conseguir resgatar Tifflor e Sengu, Rhodann descobre que Aralon solicitou o reforço de um dos clãs dos superpesados, raça que vive de vender proteção e serviços de guerra a quem puder pagar. Mas é claro que até mesmo uma clã poderoso de superpesados de surpreende com o aparecimento de uma frota robotizada de guerra do império, algo que há muito tempo não se via. É nesse momento que todos se perguntam: Quem é esse Perry Rhodan, que rouba do império a maior nave já fabricada até o momento, ganha o aval do computador regente para invadir um planeta hospital em uma ação militar, e reúne pela primeira vez em muito tempo uma frota de guerra imperial, tirando o império da letargia?
Rhodan então explica todo o ocorrido a Talamon, chefe deste clã de superpesados, e pelo seu relato, bem como por ter poupado todas as naves do mesmo da destruição total, ganha um novo aliado, e quem sabe, um novo amigo?
Por fim, Rhodan decreta que os Aras não possam mais produzir doenças para obter lucro e deixa robôs para fiscalizar e executar a sentença de morte no caso de descumprimento da lei.
Trecho Selecionado
Quando a gigantesca esfera surgiu acima da massa de naves estacionadas, muitos dos visitantes galácticos ficaram sem fôlego. Ao primeiro relance de vista perceberam do que se tratava. O que é que um couraçado arcônida desse tamanho estaria procurando no planeta da benevolência e da cura?
Rhodan não se preocupou com a opinião das raças que lhe eram estranhas. Não teve mais a menor contemplação. Deixou que a Titan descesse e pousou numa das extremidades do campo espacial. Três segundos depois, as escotilhas inferiores se abriram, rampas foram descidas e os robôs começaram a marchar.
Eram gigantes de aço de quase dois metros e meio de altura, equipados com quatro braços. Os braços inferiores eram apenas radiadores de impulsos móveis, que poderiam sufocar no nascedouro qualquer resistência que se lhes opusesse. A energia desprendida por esses radiadores, devidamente enfeixada, volatilizaria qualquer tipo de matéria e a faria desaparecer. Num compasso rítmico, as pernas metálicas desceram pelas rampas, tocaram o solo de Aralon e prosseguiram em sua marcha. Os robôs formaram colunas, cuja ponta se dirigia para o grande edifício periferial sob o qual ficavam os laboratórios.
Rhodan transmitiu o último comando pelo rádio.
O exército de robôs pôs-se em movimento.
Paralisados de susto, alguns aras que se encontravam diante dos portais do centro administrativo, contemplavam o espetáculo. Os cérebros recusavam-se a compreender o que os olhos viam. Mas quando a frente reluzente se aproximou, a paralisia cessou como que por encanto. Com as capas esvoaçantes, correram para dentro do edifício, fechando as portas atrás de si.
Rhodan, Crest e Gucky saíram da Titan sem carregar qualquer arma. Compenetrados e indiferentes, os dois homens caminhavam atrás dos seus robôs, sem se dignarem a olhar para as naves estacionadas por ali ou suas tripulações. Gucky, que andava com dificuldade e cujos passos arrastados poderiam ser tudo menos compenetrados, lembrou-se de sua faculdade sobrenatural. Usou sua energia telecinética para elevar-se uns dez centímetros acima do solo e planou sobre o pavimento de plástico. A visão não era apenas edificante, mas de certa forma chegava a ser apavorante.
Notas Finais
É incrível como sempre estamos aprendendo algo e refletindo algum assunto por causa de Perry Rhodan. Desde o primeiro livro, parece que a muitos anos atrás os autores já previram coisas que iriam acontecer no século 21, bem como traçando um paralelo literário com problemas da época: população se degenerando por causa de um vício em jogos eletrônicos, ameaça constante de destruição total do planeta devido à guerra pelo poder, enorme preconceito contra o que é diferente de nós (como retratado no P.R. 44), e agora, essa situação dos médicos. Este livro mostra muito bem a ganância dos ditos 'médicos espaciais', que só estão interessados em obter o máximo de dinheiro e poder possível para, mesmo sem o uso de armas, controlar um grande poder paralelo ao Império Arcônida. É no mínimo curioso ler isso depois de todo esse problema envolvendo a 'importação' de médicos cubanos, que tornam-se necessários devido a médicos que não aceitam trabalhar por um salário 'apenas' 10x maior do que o resto da população, ou não aceitam ir para uma cidade menor, onde terão menos facilidades da vida moderna para o seu trabalho, ou seu dia-a-dia. Mais uma vez, mostra-se que não importa o quão longe vá a imaginação de um autor, a humanidade sempre dá um jeito de acompanhar o que é escrito nos livros e mostrado nas telas.
Na segunda parte do livro, onde temos a operação de salvamento realizada por Rhodan, é muito boa. Possui bastante ação e demonstração de poder e confiança por parte de Rhodan e seus companheiros. A narrativa fica mais e mais empolgante, fazendo com que não se queira parar até terminar, e o foi exatamente o que aconteceu comigo: fui dormir mais tarde por que não queria deixar para o dia seguinte.
Para quem ainda não chegou até esse ponto, fica a dica: não pule este volume, mesmo tendo acompanhado o resumo aqui, e não irá se arrepender. E quem já está mais adiantado na série mas pensa em reler algo mais antigo para matar as saudades, releia! (SKOOB)
No próximo Volume
Havia muitos observadores que acompanhavam a ação de Rhodan com uma tremenda atenção. Era a primeira vez na história do Grande Império que alguém se levantava, intervinha com mão de ferro nos acontecimentos de Aralon e dava uma lição amarga aos médicos galácticos.
Será que os aras tomarão essa lição a peito e passarão a agir exclusivamente em beneficio da Galáxia?
Em Projeto Aço de Árcon, próximo volume da série, uma estranha ameaça surge.